Dezembrite: como lidar com a síndrome do fim do ano?
O dezembro chegou e, com ele, a correria para finalizar as pendências, os preparativos para as festas, as compras de presentes, as viagens, as expectativas para o novo ano… Tudo isso pode gerar uma sensação de sobrecarga, ansiedade, estresse e até tristeza. É o que alguns especialistas chamam de “dezembrite” ou “síndrome do fim do ano”.
Mas o que é essa síndrome e como ela afeta a nossa saúde mental? Como podemos lidar com ela de forma saudável e aproveitar melhor esse período? Neste artigo, vamos responder essas perguntas e dar algumas sugestões para você ter um dezembro mais leve e feliz, sem sofrer com a "Dezembrite"
O que é a síndrome do fim do ano?
A síndrome do fim do ano não é uma doença reconhecida pela Classificação Internacional de Doenças (CID), mas sim uma forma de descrever um conjunto de sintomas emocionais que podem surgir nessa época do ano, como:
- Ansiedade: é a sensação de nervosismo, medo ou preocupação excessiva com o futuro. Pode se manifestar por meio de taquicardia, falta de ar, tremores, suor, insônia, dificuldade de concentração, entre outros.
- Estresse: é a reação do organismo diante de situações que exigem adaptação ou mudança. Pode ser positivo, quando nos motiva a enfrentar os desafios, ou negativo, quando nos sobrecarrega e prejudica o nosso bem-estar. Pode se manifestar por meio de irritabilidade, cansaço, dores de cabeça, alterações no apetite, entre outros.
- Angústia: é a sensação de opressão, aflição ou vazio existencial. Pode se manifestar por meio de choro, desespero, falta de sentido, desânimo, entre outros.
- Melancolia: é a sensação de tristeza, nostalgia ou saudade. Pode se manifestar por meio de isolamento, apatia, perda de interesse, baixa autoestima, entre outros.
Esses sintomas podem ser desencadeados por diversos fatores, como:
- Acúmulo de tarefas: o fim do ano é um período de fechamento de ciclos, o que pode gerar uma pressão para concluir as atividades pendentes, tanto no trabalho quanto na vida pessoal.
- Reflexão e avaliação pessoal: o fim do ano é também um momento de balanço, o que pode levar a uma comparação entre o que foi planejado e o que foi realizado, entre o que se tem e o que se deseja, entre o que se é e o que se quer ser.
- Pressão social: o fim do ano é marcado por festas e confraternizações, o que pode gerar uma expectativa de felicidade, harmonia e gratidão, nem sempre condizente com a realidade de cada um. Além disso, pode haver uma cobrança por participar de eventos, comprar presentes, fazer planos, entre outras coisas.
- Solidão: o fim do ano pode ser um período de isolamento para quem não tem uma rede de apoio, para quem perdeu entes queridos, para quem está longe da família ou dos amigos, para quem se sente excluído ou incompreendido.
Como lidar com a síndrome do fim do ano?
A síndrome do fim do ano não é uma condição grave, mas pode afetar a qualidade de vida e o bem-estar de quem a vivencia. Por isso, é importante buscar formas de lidar com ela de forma saudável e positiva. Algumas sugestões são:
- Defina prioridades: não tente fazer tudo ao mesmo tempo, nem se sobrecarregue com tarefas desnecessárias. Estabeleça o que é mais importante e urgente para você e foque nisso. Delegue ou adie o que puder.
- Seja realista: não se compare com os outros, nem se cobre demais. Reconheça os seus limites e as suas dificuldades. Aceite o que não pode mudar e valorize o que já conquistou. Celebre as suas vitórias, por menores que sejam.
- Seja gentil: não se culpe, nem se julgue. Trate-se com carinho e respeito. Faça coisas que te fazem bem, que te dão prazer e alegria. Cuide da sua saúde física e mental. Descanse, alimente-se bem, pratique exercícios, medite, respire.
- Seja flexível: não se apegue a planos, metas ou expectativas rígidas. Adapte-se às circunstâncias e às mudanças. Seja criativo e aberto a novas possibilidades. Aproveite as oportunidades e os aprendizados que surgirem.
- Seja sociável: não se isole, nem se feche. Busque o apoio e a companhia de pessoas que te fazem bem, que te apoiam e te compreendem. Expresse os seus sentimentos, as suas necessidades e os seus desejos. Ouça, ajude e agradeça.
- Busque ajuda: se os sintomas persistirem ou se agravarem, não hesite em procurar ajuda profissional. Um psicanalista pode te ajudar a entender e a tratar a sua síndrome do fim do ano, bem como a prevenir ou a lidar com outros transtornos mentais.
Dezembro não precisa ser um período de sofrimento, mas sim de celebração, de renovação, de esperança ou um mês como outro qualquer.
Com as sugestões que demos, você pode ter um dezembro mais leve e feliz.
E se você quiser saber mais sobre como podemos te ajudar a cuidar da sua saúde mental, entre em contato comigo. Sou uma psicanalista especializados em diversos temas, como ansiedade, depressão, estresse, autoestima, relacionamentos, carreira, entre outros. Estamos à disposição para te atender online, com sigilo, segurança e qualidade. Agende uma consulta e comece a transformar a sua vida.
Um abraço,
Tarsila Marotta
Psicanalista Contemporânea
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